A futura secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, vai precisar de pelo menos cinco mil novos professores para pôr em prática seu plano de reforço escolar no ciclo de alfabetização. A perspectiva é fazer como na Finlândia" cujo modelo do sistema educacional é o melhor do mundo" e contratar um profissional de aulas extras para cada sete dos 36.039 mestres do município do Rio. Cláudia ainda não sabe, porém, quando fará as contratações pois depende da conta do orçamento de 2009, ainda não aprovado pela Câmara dos Vereadores, para fechar sua equação.Além de profissionais para o reforço, ela quer contratar também estudantes de Pedagogia. Eles vão tentar minimizar dois dos principais obstáculos que dificultam o aprendizado: a displicência com as lições de casa e a ausência de incentivo à leitura. "A falta de estrutura familiar atinge diretamente o progresso da alfabetização do aluno nesses dois problemas. Por isso teremos reforço também para ajudá- los com o dever de casa", explicou a futura secretária.As aulas de reforço¿ defendidas pela futura secretária como o grande diferencial entre o sistema atual de ciclos e o da gestão de Eduardo Paes¿ não começarão logo no início do próximo ano letivo. Segundo Cláudia, a nova equipe vai fazer um diagnóstico de cada escola da rede com a ajuda dos diretores e da equipe pedagógica da unidade.CAPACITAÇÃO DE MESTRESPara ajudar na precisão do diagnóstico, ao relatório de progresso da alfabetização dos alunos será somado o desempenho de cada unidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no qual o Rio não tem recebido boas notas.Os professores também serão capacitados. Cláudia prometeu investir na atualização constante deles. Um coordenador pedagógico identificará as carências de cada um para desenvolver treinamento com ênfase em prática de sala de aula. A idéia é implantar uma didática mais moderna e atraente para os alunos.AS AULAS EXTRAS SERÃO NO MESMO TURNOA futura secretária quer começar sua gestão já com a definição de como será a revisão aplicada aos estudantes para detectar as falhas no sistema de ensino. O resultado dessa avaliação determinará as principais deficiências a serem atacadas pelo reforço escolar, que podem ser, por exemplo, a falta de concentração e a dificuldade de leitura.Segundo Cláudia, alunos que precisem de ajuda serão inseridos em grupos de estudo. Isso acontecerá no mesmo turno das aulas, sem prejuízo para o aprendizado de outras disciplinas. "O estudante com dificuldade precisa acompanhar o ritmo da turma, por isso terá mais atenção", contou.
Fonte: Jornal O Dia
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