Povo do Livro se mobiliza para eleger deputados em 2010

Pela primeira vez na história, o mundo do livro no Brasil trabalha para eleger candidatos para formar uma Bancada do Livro. A ideia ganhou corpo nos últimos tempos graças ao fortalecimento das políticas públicas do livro e leitura e a crescente percepção da importância de se ampliar o apoio político do setor nas várias instâncias do Poder Legislativo, seja nos estados ou em Brasília. Principalmente com o surgimento, em 2008, da Frente Parlamentar da Leitura, no Congresso. O Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo é uma das entidades engajadas na campanha. Na última semana, a entidade enviou carta aos partidos pedindo que indiquem quem são os candidatos com "propostas relevantes para disseminação do livro e incentivo à leitura". Em vários estados brasileiros candidatos têm se apresentado com propostas concretas para este setor e conseguiram inserir várias delas nos planos de governo de seus candidatos a governador e a presidente da República. Essa causa é a que motiva a candidatura do jornalista e escritor Galeno Amorim (PT), que criou, em Ribeirão Preto, a Feira Nacional do Livro e, no Governo Lula, criou e foi o primeiro coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNNL). Galeno é candidato a deputado estadual e foi citado pelo Conselho de Biblioteconomia como um dos candidatos comprometidos com políticas públicas do livro e da leitura. Ele tem recebido apoios expressivos de lideranças dessa área, como o escritor Fernando Morais, que já foi deputado e milita em sua campanha. Foi na casa dele que pesos pesados do setor declararam que a candidatura de Galeno¿é um fato muito positivo para o mercado editorial. É um candidato que já vem trabalhando ligado à causa dos livros há muito tempo e que na posição de deputado estadual vai poder defender essa causa tão importante para o Brasil¿, segundo Luiz Schwarcz, editor da Companhia das Letras. O antropólogo Felipe Lindoso é também um dos que defende que o setor precisa ser representado na Assembleia Legislativa e que Galeno é o nome ideal em São Paulo, pelo trabalho que desenvolve há vários anos junto a este setor. ¿ Eu acho que, realmente, na Assembléia ele pode dar uma contribuição em todos os sentidos, no orçamento, na fiscalização. Precisamos ter pessoas como Galeno na Assembleia¿, diz. Galeno é um dos articuladores da lei, sancionada pelo presidente Lula, que desonera a produção de livros e incentiva, sobretudo, os empresários de pequeno e médio portes do setor. Ele também trabalha, junto com outras lideranças políticas do país, pela aprovação da chamada Lei da Biografia, que estabelece regras para a publicação desse tipo de obra. Bienal O maior evento brasileiro do livro e da leitura, a Bienal Internacional do Livro, que abre oficialmente nesta quinta- feira, no Anhembi, já tem definida em sua pauta as políticas públicas do setor. Galeno está em São Paulo desde o início da semana em eventos paralelos à Bienal, como o encontro da Associação Nacional do Livro, no qual foi um dos principais conferencistas, e da Convenção da Associação Brasileira dos Difusores do Livro. Durante a Bienal, ele também vai ministrar palestras sobre políticas públicas do livro e da leitura em eventos da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, para os editores evangélicos e os vendedores de livro porta a porta, dentre outros. Dilma Roussef, candidata a presidente pelo mesmo partido de Galeno, é esperada na Bienal, a convite dele.

Estamos precisando muito desse tipo de atitude!!

Fonte: http://pingado.terra.com.br/noticias/39055/geral/povo-do-livro-se-mobiliza-para-eleger-deputados-em-2010.html